O Museu do Silêncio
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Descrição da Editora
Os museus têm como pressuposto guardar objetos de valor histórico ou científico para fins de exibição pública, de modo a registrar à posteridade a importância que eles tiveram para a humanidade num período determinado. Mas como seria no caso de um museu que tivesse como objetivo preservar lembranças de pessoas que morreram? Essa é a essência da trama proposta pela japonesa Yoko Ogawa neste O Museu do Silêncio, primeira amostra da produção da autora que a Estação Liberdade traz ao público brasileiro.
O sonho de dar cabo ao Museu do Silêncio é de uma velha que vive com a jovem filha e um casal de empregados. Um museólogo – narrador da história – é contratado por ela para tirar o projeto do papel. De personalidade hostil e sem o menor traquejo social, a velha tem lá suas idiossincrasias, sobretudo em relação ao tipo de conteúdo que planeja para o museu: as lembranças dos mortos precisam ser representativas do que eles foram em vida. Uma peça de roupa, uma fotografia sorridente – nada disso. Não se trata de preservar lembranças afetivas. Cada objeto do museu precisa ser a metáfora perfeita da existência do finado.
No caso do homem cego, por exemplo, só mesmo seu olho de vidro serve às intenções da velha. E o museólogo – nenhum dos personagens do livro é nomeado – tem que se virar para recolher esse tipo de “relíquia” dos corpos moribundos. Para se familiarizar com essa macabra tarefa, o museólogo conta apenas com a ajuda da filha da chefe, por quem nutre sentimentos paternais... ou nem tanto. E, não bastassem o mau humor e as grosserias da velhota, ele ainda tem de lidar com uma chocante onda de assassinatos de mulheres da região, marcados pela característica comum de apresentar os corpos das vítimas mutilados numa região bem específica.
O Museu do Silêncio é uma obra de suspense, bastante simbólica da produção de Yoko Ogawa, escritora japonesa contemporânea muito saudada no Ocidente. Sua literatura é excêntrica, preterindo tons e temas ternos e etéreos por aqueles mais duros e polêmicos, não raro flertando com o grotesco. Neste livro, ela também opta por ambientar a trama em tempo e local não identificados, o que contribui para diluir os eventuais estranhamentos culturais intrínsecos às suas origens nipônicas, e assim consolidar sua voz de alcance universal.
Sobre o Autor/Artista
Yoko Ogawa nasceu em Okayama, Japão, em 1962. A carreira literária precoce ocorreu de forma natural, por sempre ter sido uma leitora voraz, com especial apreço por clássicos japoneses, pelo Diário de Anne Frank e por obras de seu compatriota Kenzaburo Oe. Estreou em 1988, com Agehacho ga kowareru toki [A decomposição da borboleta], pelo qual obteve o prestigioso Prêmio Kaien, voltado a novos escritores. Prêmios, aliás, não faltam em sua carreira, valendo menção o Akutagawa pela novela Ninshin karenda [Diário da gravidez], o Izumi Kyoka por Burafuman no maiso [O enterro de Brahman], e o Tanizaki por Mina no koshin [A marcha de Mina]. Por A fórmula preferida do Professor, ela ainda arrebatou os prêmios Yomiuri e o da Sociedade Japonesa de Matemática. Yoko Ogawa vive em Ashiya, província de Hyogo — nas proximidades de Kyoto — com o marido e o filho.
Textos em Português.
Dados do Produto:
ISBN: 9788574482699
Autor/Artista: Yoko Ogawa
Tradução: Rita Kohl
Idioma: Português
Editora: Estação Liberdade
Tipo: Livro
Capa: Brochura
Formato 14x21cm, 304 páginas
Publicação Nacional